19/Mar/2021
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os brasileiros ficaram mais propensos às compras em março. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 73,8 pontos, um avanço de 0,6% em relação a fevereiro. Apesar da melhora, o resultado ainda foi o pior para meses de março dentro da série histórica iniciada em 2010. Em relação a março de 2020, o ICF recuou 26,1%, a 12ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.
O índice permanece abaixo do nível de satisfação (abaixo de 100 pontos) desde abril de 2015, quando estava em 102,9 pontos. A melhora na passagem de fevereiro para março foi puxada pela avaliação das famílias sobre o mercado de trabalho. Entre os entrevistados, 32,7% responderam que se sentem tão seguros com seu emprego atual quanto no ano passado, ante uma fatia de 32% registrada em março. O componente de emprego atual subiu 0,8% em março ante fevereiro, para 90,0 pontos.
As avaliações sobre a perspectiva profissional aumentaram 0,9%, para 89,8 pontos; o componente renda atual avançou 0,4%, para 79,3 pontos; a perspectiva de consumo subiu 0,6%, para 68,5 pontos; e o momento para consumo de bens duráveis aumentou 1,8%, para 47,1 pontos. Além dos índices relativos à melhora no mercado de trabalho, há percepção de crescimento da intenção de consumo das famílias ou, ao menos, uma tendência menos conservadora de gastos captada neste mês.
A continuação da recuperação da expectativa de consumir em março demonstra que, mesmo com o recuo nas perspectivas em relação ao consumo hoje, o brasileiro permanece confiante no seu poder de compra no prazo mais long. Por outro lado, houve piora em março ante fevereiro nos componentes acesso ao crédito (-0,5%, para 85,9 pontos) e nível de consumo atual (-0,6%, para 56,0 pontos). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.