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12/Nov/2020

Previsão de preços do milho sustentados no Brasil

Segundo o Itaú BBA, os preços do milho continuarão sustentados no curto prazo no Brasil, em razão dos patamares elevados das cotações da commoditiy na Bolsa de Chicago e do dólar valorizado ante o Real. O cenário, portanto, não considerou o relatório mensal de oferta e demanda publicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 10 de outubro, no qual o departamento reduziu suas projeções de produção, produtividade e estoque final do cereal na safra 2020/2021 de forma mais acentuada do que a esperada pelo mercado. Além dos dois fatores mencionados, há também as prováveis perdas em lavouras de milho na safra de verão (1ª safra 2020/2021) estão sendo cultivadas no País.

Apesar do plantio de milho verão estar em patamares semelhantes aos do ano passado, já há consultorias revisando negativamente a produção esperada, face à seca que acomete, principalmente, o Rio Grande do Sul. Isso contribui para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no primeiro semestre do próximo ano, o que deve contribuir para sustentar as cotações no mercado doméstico. No mercado internacional, outro fator de sustentação, além das revisões para baixo da safra norte-americana, é a possibilidade de uma aceleração das compras chinesas. Isso porque a demanda local vem aumentando e é provável que a produção chinesa de milho seja revisada para baixo, em decorrência da passagem de tufões na região nordeste do país.

O adido agrícola norte-americano na China apontou em relatório do dia 4 de novembro que a safra chinesa deverá cair dos 260 milhões de toneladas estimados inicialmente para 250 milhões, enquanto as importações saltarão de 7 milhões na safra 2019/2020 para 22 milhões de toneladas na 2020/2021. As vendas externas dos Estados Unidos também estão aquecidas nesta temporada. O total contratado já soma 26,3 milhões de toneladas, 231% a mais que em igual período do ano passado. É importante destacar o expressivo aumento da posição comprada de fundos entre o início de outubro e começo de novembro (3/11), que passou de 107 mil para 276 mil contratos, patamar mais alto desde 2012. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.