28/Nov/2025

O índice de inadimplência da carteira da Caixa no agronegócio alcançou 11,2% no terceiro trimestre do ano, pelo critério de atrasos acima de 90 dias. Em meio aos desafios no setor, o indicador registrou salto de 7,85% em 12 meses e de 4,19% no comparativo trimestral. No balanço, a Caixa atribuiu o movimento ao impacto da queda dos preços das commodities e do aumento dos custos de insumo sobre as operações de custeio, voltados ao financiamento do ciclo produtivo. As operações de investimentos, destinadas à modernização da infraestrutura produtiva e a aquisição de máquinas, foi afetada pelo cenário de juros altos e desvalorização dos ativos.

Assim como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal também lidou com a deterioração do agronegócio no terceiro trimestre, em meio aos efeitos dos juros altos e do vaivém das commodities. A Caixa listou alguns dos principais fatores por trás dos desafios no agro. Nas operações de custeio, voltadas ao financiamento do ciclo produtivo, os vilões foram a queda nos preços das commodities e a escalada nos custos de insumos. Em investimentos, destinados à modernização da infraestrutura produtiva e aquisição de maquinário, a Selic a 15% e a desvalorização dos ativos jogaram contra. Ainda assim, a instituição pública viu espaço para continuar crescendo a carteira de crédito do agro, que teve alta de 3,7% no comparativo anual, para R$ 61,7 bilhões.

O volume, porém, representa apenas uma fração quando comparado ao carro-chefe da Caixa, a habitação. A maior parte do crescimento da inadimplência do agronegócio no terceiro trimestre se concentrou em agosto, mas o indicador já começou a arrefecer em setembro. A perspectiva é de que as métricas de recuperação de crédito no quarto trimestre serão boas. A intenção do banco é estabilizar a carteira do agro na faixa entre R$ 60 bilhões e R$ 65 bilhões. Deve ser "desafiador" continuar crescendo o crédito com uma Selic a 15% e manter o ritmo atual de expansão. Para o banco, há uma "indústria da recuperação judicial" que precisa ser combatida. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.