ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

03/Apr/2024

Índice de Preços ao Produtor avançou em fevereiro

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,06% em fevereiro ante recuo de 0,24% em janeiro. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado de fevereiro, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou um recuo de 0,18% no ano, enquanto a taxa acumulada em 12 meses ficou em -5,16%. Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 1,79% em fevereiro, após avanço de 4,64% registrado em janeiro.

Já a indústria de transformação registrou baixa de 0,04% em fevereiro ante queda de 0,50% no IPP de janeiro. A alta de 0,06% no IPP de fevereiro interrompeu uma sequência de três meses de reduções de preços. A taxa do IPP vinha de recuo de 0,34% em novembro de 2023, queda de 0,20% em dezembro, e a taxa de janeiro foi revista de uma redução de 0,31% para recuo de 0,24%. Como resultado, o IPP acumulou uma deflação de 5,16% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2024. A taxa acumulada em 12 meses completou um ano em território negativo, permanecendo em deflação desde março de 2023. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

A alta de 0,06% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em fevereiro foi decorrente de elevações em 14 das 24 atividades pesquisadas. No mês de fevereiro, os aumentos de preços mais acentuados ocorreram em limpeza e perfumaria (2,17%), madeira (2,08%), metalurgia (2,03%), calçados e couro (1,89%), extrativas (1,79%), papel e celulose (1,60%) e farmacêutica (1,41%). As principais quedas ocorreram em alimentos (-1,42%) e máquinas e equipamentos (-1,31%). O setor de alimentos exerceu a maior influência negativa sobre o índice nacional, ajudando a conter a inflação em -0,35%. A atividade foi influenciada pela queda nos preços de produtos derivados da soja, arroz e carne bovina fresca.

Houve a entrada da safra da soja e do arroz e um aumento do efetivo do gado para abate. Isso torna os preços mais baratos para a indústria. Se não fosse pelo resultado negativo do setor de alimentos, que pesa cerca de 25% da indústria, o índice teria crescido mais em fevereiro. Os setores que mais pressionaram o IPP de fevereiro foram metalurgia (impacto de 0,12%), indústrias extrativas (contribuição de 0,09%) e refino de petróleo e biocombustíveis (alta de 0,74% e impacto de 0,08%). Além da alta de preços de insumos e commodities, houve influência da valorização do dólar ante o real em fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.